Vestibular para Idosos [Guia 2025]: Como Voltar à Faculdade

Você já se pegou pensando naquele sonho de fazer uma faculdade, deixado para trás pela correria da vida? A boa notícia é que nunca é tarde para abrir os livros e realizar esse desejo. O vestibular para idosos não é mais um bicho de sete cabeças, mas uma porta aberta para um mundo de conhecimento, novas amizades e, principalmente, mais qualidade de vida. Voltar a estudar mantém a mente afiada, fortalece os laços sociais e prova que a capacidade de aprender não tem idade. Este guia foi criado especialmente para você, com informações claras e práticas para mostrar como essa jornada é possível e gratificante. Vamos juntos descobrir como dar o primeiro passo rumo à sua formatura?

Por Que Voltar a Estudar? Os Benefícios Além do Diploma

Muitas vezes, a ideia de voltar para uma sala de aula depois dos 50, 60 ou 70 anos parece um sonho distante. Talvez tenha sido um plano adiado pela carreira, pela família ou pelas circunstâncias da vida. Mas e se esse sonho for, na verdade, uma das melhores decisões que você pode tomar para o seu futuro? A busca por um diploma na maturidade vai muito além do papel na parede. É um convite para uma jornada de redescoberta, vitalidade e alegria. É sobre nutrir a mente, aquecer o coração e dar um novo significado aos seus dias.

Mais do que acumular conhecimento, voltar a estudar é um ato de cuidado consigo mesmo. É a prova de que nunca é tarde para aprender, para se desafiar e, principalmente, para se reinventar. A experiência que você carrega consigo não é um peso, mas sim um trunfo. Ela enriquece as discussões em sala de aula e oferece uma perspectiva que os mais jovens ainda não possuem. Você não está começando do zero; está adicionando uma nova e fascinante camada à sua história.

O Cérebro em Movimento: Uma Academia para a Mente

Pense no seu cérebro como um músculo. Se ele fica parado, perde a força. Se é exercitado, torna-se mais forte, ágil e resiliente. Estudar é exatamente isso: uma ginástica completa para a sua mente. Cada novo conceito, cada problema resolvido e cada página lida cria novas conexões neurais. Isso mantém seu cérebro ativo e saudável, funcionando como uma poderosa ferramenta de prevenção contra o declínio cognitivo.

Esse estímulo constante ajuda a proteger sua memória, a aprimorar seu raciocínio lógico e a manter sua capacidade de concentração afiada. É um investimento direto na sua qualidade de vida e na sua independência a longo prazo. O desafio de aprender algo novo, seja história da arte, um novo idioma ou os fundamentos da matemática financeira, tira o cérebro da zona de conforto e o obriga a se adaptar e a crescer. Essa sensação de estar com a mente “afiada” traz uma confiança imensa para o dia a dia.

Principais benefícios para a saúde cognitiva:

Estímulo da Neuroplasticidade: A capacidade do cérebro de formar novas conexões não desaparece com a idade. Aprender ativamente fortalece essa habilidade, mantendo a mente flexível.
Prevenção Ativa: Estudos mostram que manter o cérebro engajado em atividades complexas pode ajudar a retardar o aparecimento de doenças neurodegenerativas.
Melhora da Memória: O esforço de memorizar datas, fórmulas e conceitos funciona como um treinamento contínuo para as áreas do cérebro responsáveis pela memória.
Aumento do Foco e da Concentração: A rotina de estudos, com leituras e aulas, exige atenção e ajuda a treinar sua capacidade de se concentrar por períodos mais longos.

Uma Nova Turma: O Fim da Solidão e o Começo de Novas Amizades

A aposentadoria e as mudanças na dinâmica familiar podem, por vezes, trazer uma sensação de isolamento. Os dias podem parecer longos e silenciosos. A universidade quebra esse ciclo de forma transformadora. Ela é um ambiente vibrante, cheio de pessoas, ideias e conversas. De repente, você não está mais sozinho. Você faz parte de um grupo, de uma turma.

Estar em um campus significa interagir com pessoas de todas as idades, com diferentes histórias e sonhos. Essa troca intergeracional é incrivelmente rica. Você tem a oportunidade de compartilhar sua vasta experiência de vida e, ao mesmo tempo, aprender com a energia, a curiosidade e a visão de mundo dos mais jovens. Formam-se laços genuínos, baseados em interesses comuns e no apoio mútuo durante os desafios acadêmicos. Os trabalhos em grupo, os cafés entre as aulas e os eventos universitários são convites constantes para novas amizades e para se sentir parte de uma comunidade pulsante.

Ganhos sociais e emocionais que você pode esperar:

Combate ao Isolamento: A rotina de aulas e atividades cria um compromisso social que preenche o dia e combate a solidão.
Novos Círculos de Amizade: Você conhecerá pessoas com paixões semelhantes, criando amizades que podem durar a vida toda.
Sentimento de Pertencimento: Fazer parte de uma instituição de ensino e de uma turma proporciona uma forte sensação de comunidade e identidade.
Troca de Experiências: Você se torna um mentor para os mais jovens e, ao mesmo tempo, um aprendiz, o que é gratificante e rejuvenescedor.

A Conquista é Sua: Realização Pessoal e Empoderamento

Talvez o benefício mais profundo de voltar a estudar seja a imensa sensação de realização pessoal. É olhar no espelho e ver alguém que não teve medo de perseguir um sonho antigo. Cada prova superada, cada trabalho elogiado e, finalmente, o diploma na mão, são vitórias que pertencem unicamente a você. É a materialização da sua coragem, dedicação e capacidade.

Esse processo resgata a autoconfiança e promove um profundo sentimento de empoderamento. Você prova para si mesmo que é capaz de aprender, de se adaptar e de conquistar novos territórios. Essa nova identidade – de estudante, de universitário(a) – se soma às outras que você já tem, como pai, mãe, avô ou avó, e profissional aposentado. Ela redefine como você se vê e como os outros o veem. É um lembrete poderoso de que sua jornada de crescimento pessoal não tem data para acabar.

Essa nova rotina de estudos também traz um propósito renovado para os seus dias. Ter aulas para assistir, livros para ler e trabalhos para entregar dá uma estrutura e um ritmo que podem ter se perdido após a aposentadoria. Acordar com um objetivo claro, sabendo que você vai aprender algo novo, injeta energia e entusiasmo na vida. Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo, e pequenos hábitos diários de bem-estar complementam essa jornada. Até mesmo gestos simples, como se informar sobre [chás para melhorar a circulação sanguínea], fazem parte de uma visão integral de saúde, onde o bem-estar mental e físico caminham juntos.

No fim das contas, a decisão de voltar a estudar é um investimento em você. É um presente que você se dá, com retornos que vão muito além de um avanço na carreira. É sobre viver de forma mais plena, curiosa e conectada. E agora que você entende os incríveis benefícios que esperam por você, talvez a pergunta seja: como dar o primeiro passo prático nessa direção?

Vestibular para Idosos: Como Funciona na Prática?

Você já se convenceu dos benefícios de voltar a estudar. Sente a empolgação de um novo começo. Agora, uma pergunta prática surge: como, exatamente, se entra na faculdade depois dos 50, 60 ou 70 anos? A imagem de uma prova longa e concorrida pode parecer intimidadora, mas a realidade é muito mais acolhedora. O “vestibular para idosos” não é um único exame, mas um conjunto de caminhos e oportunidades que valorizam sua trajetória de vida.

Muitas instituições de ensino superior entendem que a bagagem de um adulto maduro é um diferencial. Por isso, criaram processos seletivos alternativos ao vestibular tradicional. Esqueça a ideia de que você competirá diretamente com jovens de 18 anos em uma prova de múltipla escolha. As portas de entrada para você são outras e, em geral, mais alinhadas com seus objetivos.

As principais formas de acesso são:

Análise de currículo e memorial: Em vez de uma prova, a universidade avalia sua história de vida e profissional. Você escreve um texto contando suas experiências e por que deseja fazer aquele curso. É uma forma de reconhecer que o aprendizado não acontece apenas na escola.
Redação e entrevista: Muitas faculdades substituem a prova completa por uma redação sobre um tema atual, seguida de uma conversa com a coordenação do curso. O objetivo é conhecer você, suas motivações e sua capacidade de argumentação.
Vagas remanescentes: Após o período regular de matrículas, muitas turmas ficam com vagas ociosas. As instituições abrem processos seletivos simplificados para preenchê-las, geralmente com base no seu histórico escolar do Ensino Médio ou em uma redação simples.
Nota do ENEM: Se você fez o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em algum momento, mesmo há alguns anos, sua nota pode ser usada para ingressar em diversas faculdades privadas sem a necessidade de uma nova prova.

Universidades Abertas à Terceira Idade (UnATIs): Um Mundo de Conhecimento Sem Pressão

Além do caminho para um diploma de graduação, existe uma modalidade fantástica pensada exclusivamente para o público sênior: as Universidades Abertas à Terceira Idade, conhecidas como UnATIs ou UATIs. Elas não são universidades separadas, mas programas especiais oferecidos por instituições de ensino já existentes, tanto públicas quanto privadas.

O foco aqui é diferente. O objetivo principal das UnATIs não é a formação profissional, mas a educação continuada, a integração social e a promoção da saúde e do bem-estar. A participação não exige vestibular. O processo de ingresso costuma ser uma inscrição simples, muitas vezes com uma taxa simbólica ou até mesmo gratuita.

Dentro de uma UnATI, você encontrará um ambiente vibrante e uma grade de atividades diversificada, como:

Cursos e Disciplinas Livres: Você pode cursar matérias sobre temas do seu interesse, como História da Arte, Literatura Brasileira, Astronomia, Psicologia, Idiomas (inglês, espanhol, italiano) e Inclusão Digital (aulas de computador e smartphone).
Oficinas Práticas: Aulas para colocar a mão na massa, como artesanato, pintura, dança de salão, canto coral, jardinagem e culinária.
Palestras e Debates: Encontros com especialistas para discutir temas relevantes, como saúde na maturidade, planejamento financeiro, direito do idoso e filosofia.
Atividades Físicas e de Bem-Estar: Aulas de ioga, tai chi chuan, alongamento, meditação e ginástica adaptada para manter o corpo e a mente em movimento.

O certificado recebido é de participação ou de curso de extensão, ideal para quem busca conhecimento por prazer e a chance de fazer novas amizades.

Comparando os Caminhos: Vestibular Tradicional vs. Opções para Idosos

Para facilitar sua decisão, veja esta tabela que resume as principais diferenças entre as modalidades de acesso:

Passo a Passo: Como Pesquisar e Encontrar sua Vaga

Agora que você conhece as opções, é hora de agir. Encontrar a oportunidade certa exige uma pesquisa focada. Siga este guia prático:

Passo 1: Defina seu objetivo.
Pergunte a si mesmo: “Eu quero um diploma de graduação para, talvez, atuar em uma nova área? Ou meu desejo é aprender por prazer, socializar e manter a mente ativa?”. Sua resposta definirá se você deve procurar por cursos de graduação com processos especiais ou por programas de UnATI.

Passo 2: Inicie a pesquisa online.
O computador ou o celular são seus maiores aliados. Use termos de busca específicos. Por exemplo:

Nos buscadores: “universidade aberta à terceira idade em [sua cidade]”, “cursos para maiores de 60 anos”, “processo seletivo especial para idosos universidade X”.
Nos sites das universidades: Procure pelas seções de “Extensão”, “Processo Seletivo”, “Cursos Abertos” ou “Terceira Idade”. Muitas instituições têm uma página dedicada a esses programas.
Nos sites das Secretarias de Educação: Verifique os portais da secretaria estadual e municipal de educação. Eles podem divulgar iniciativas de universidades públicas.

Passo 3: Faça contato direto.
Não hesite em pegar o telefone. Ligue para a secretaria acadêmica ou para o departamento de extensão da universidade de seu interesse. Conversar com uma pessoa pode esclarecer dúvidas e revelar informações que não estão claras no site. Pergunte diretamente: “Vocês possuem algum programa ou processo seletivo facilitado para pessoas com mais de 60 anos?”.

Passo 4: Prepare a documentação.
Seja para uma inscrição em UnATI ou para um processo seletivo de graduação, você precisará de alguns documentos básicos. Geralmente são solicitados:

Documento de identidade (RG) e CPF.
Comprovante de residência.
Certificado de conclusão do Ensino Médio.
Fotos 3×4.

Confirme sempre a lista exata exigida pela instituição para não ter surpresas.

Passo 5: Cuide de você durante o processo.
Voltar a estudar é uma jornada que também exige preparo físico e mental. Organizar documentos e, eventualmente, se preparar para uma redação ou entrevista, pode envolver horas na mesma posição. Por isso, é fundamental cuidar da postura e do bem-estar. Aliás, saber como aliviar dores nas costas de forma simples é uma dica valiosa para manter o corpo saudável e a mente focada no seu objetivo.

Como você pode ver, existem portas abertas e caminhos diversos para o seu retorno à vida acadêmica. A universidade está mais acessível do que nunca. Além dessas oportunidades que já existem, é importante saber que a sociedade e as leis também estão avançando para garantir ainda mais esse direito, como veremos a seguir.

Vestibular para Idosos Senado: Entenda Seus Direitos

Seu sonho de conquistar um diploma universitário não é apenas uma vontade pessoal. Ele faz parte de um movimento maior, uma mudança de mentalidade em toda a sociedade. E essa mudança está chegando a um dos lugares mais importantes do país: o Senado Federal. Lá, novas leis estão sendo discutidas para transformar seu sonho em um direito garantido. Isso significa que a sua vontade de aprender, crescer e contribuir está sendo reconhecida oficialmente.

Depois de explorarmos as oportunidades que já existem, como as Universidades Abertas à Terceira Idade, é hora de olharmos para o futuro. Um futuro onde o acesso à universidade não é um favor, mas uma política pública que valoriza a pessoa idosa. Vamos entender o que significa, na prática, o “vestibular para idosos” no Senado.

Uma Nova Lei para um Novo Tempo

Imagine que, em cada processo seletivo de uma universidade pública ou privada, uma parte das vagas fosse destinada a pessoas com 60 anos ou mais. Não como uma sobra, mas como uma reserva garantida por lei. É exatamente essa a ideia por trás de projetos como o Projeto de Lei (PL) 234/2024, que tramita no Senado. Essas propostas legislativas são um passo gigantesco para a inclusão.

Mas o que isso quer dizer, sem o “juridiquês”? Significa que o governo e a sociedade estão começando a entender algo fundamental: o direito à educação não tem data de validade. A sua experiência de vida, sua maturidade e sua vontade de aprender são valiosas demais para ficarem fora da sala de aula. A criação de cotas ou vagas específicas para idosos é o reconhecimento formal de que você tem muito a ensinar e a aprender.

Essa iniciativa não surge do nada. Ela é uma resposta a uma nova realidade. As pessoas estão vivendo mais e com mais qualidade de vida. Manter a mente ativa é essencial, e a universidade é um dos melhores lugares para isso. Esses projetos de lei entendem que investir na educação de pessoas idosas é investir no bem-estar de toda a população. É uma questão de cidadania, de respeito e de justiça social.

O Que Essas Leis Buscam na Prática?

Quando um senador propõe uma lei como essa, ele não está pensando apenas em preencher cadeiras vazias. Existe uma visão muito mais ampla por trás. Essas leis são criadas para construir uma sociedade mais justa e integrada. Os objetivos principais são claros e diretos, focados em gerar oportunidades reais para você.

Veja os principais pontos que essas iniciativas legislativas querem alcançar:

Garantir o Acesso: O objetivo número um é simples: criar um caminho claro e direto para que pessoas idosas possam entrar no ensino superior. Em vez de competir em condições desiguais com jovens que acabaram de sair do ensino médio, você teria uma porta de entrada pensada para a sua realidade.
Combater o Preconceito Etário (Idadismo): Ao criar vagas específicas, a lei envia uma mensagem poderosa contra o preconceito. Ela afirma que a idade não é um impedimento para o aprendizado e que o ambiente acadêmico deve ser aberto a todas as gerações. Isso ajuda a quebrar a ideia de que a universidade é um lugar “apenas para jovens”.
Valorizar a Experiência de Vida: Sua trajetória pessoal e profissional é um ativo valioso. Em uma sala de aula, suas vivências podem enriquecer debates, oferecer perspectivas diferentes e conectar a teoria com a prática de uma forma que poucos estudantes conseguem. A lei reconhece essa bagagem como um diferencial importante.
Promover Saúde e Bem-Estar: Estudar mantém a mente afiada, estimula a memória, cria novas conexões sociais e dá um novo propósito à rotina. O retorno à universidade é uma ferramenta poderosa para um envelhecimento ativo e saudável. Essas leis são, também, uma política de saúde preventiva.
Estimular a Troca Intergeracional: A convivência entre estudantes de diferentes idades é benéfica para todos. Os mais jovens aprendem com a experiência dos mais velhos, e os mais velhos se atualizam com as novas tecnologias e formas de pensar da juventude. Essa troca fortalece os laços sociais e cria um ambiente de aprendizado mais rico e humano.
Fomentar a Cidadania Ativa: Ter um diploma pode abrir portas para novas carreiras, projetos de voluntariado ou simplesmente para a realização pessoal. Ao garantir esse acesso, o Estado incentiva que a pessoa idosa continue participando ativamente da sociedade, contribuindo com seu conhecimento e sua energia.

Uma Conquista de Cidadania e Esperança

É fundamental entender que essas propostas não são um ato de caridade. Elas representam a consolidação de um direito. O Estatuto do Idoso já prevê o direito à educação, cultura, esporte e lazer. O que o Senado está fazendo é criar os mecanismos para que esse direito se torne realidade no ensino superior.

Ver essas discussões avançando no Congresso Nacional é um sinal de esperança. Mostra que a pauta do envelhecimento ativo e da inclusão está ganhando força. A sua decisão de voltar a estudar não é um caso isolado; ela reflete um desejo coletivo que está, aos poucos, sendo transformado em política pública.

O caminho de um projeto até virar lei pode ser longo, mas o debate por si só já é uma vitória. Ele coloca o tema em evidência e pressiona as universidades a pensarem em novas formas de inclusão, independentemente da aprovação final da lei. A semente da mudança já foi plantada.

Portanto, quando você pensar no vestibular, não se sinta intimidado. Saiba que existe um movimento crescente para te apoiar. As leis estão evoluindo para refletir uma sociedade que valoriza a sabedoria que só o tempo traz. Seu lugar na universidade não é apenas um sonho seu, mas uma meta que o próprio país está começando a abraçar. Essa é a verdadeira conquista: ver seus direitos reconhecidos e seu potencial valorizado.

Guia Prático: 7 Passos para se Preparar e Passar no Vestibular

Depois de entender que a sociedade e a lei estão se movendo para apoiar seu sonho, é hora de transformar essa oportunidade em realidade. A jornada de preparação para o vestibular pode ser tão gratificante quanto a própria vida universitária. Com um plano claro e focado em seu bem-estar, você tem tudo para conquistar a tão sonhada vaga. Este guia prático foi criado para caminhar ao seu lado, passo a passo.

1. Escolha o Curso dos Seus Sonhos

Este é o ponto de partida e, talvez, o mais importante. A escolha do curso não deve ser baseada apenas em mercado de trabalho, mas naquilo que ilumina sua alma. Pense naqueles interesses que ficaram guardados ao longo dos anos. Qual era sua matéria favorita na escola? Que assunto você adora ler ou assistir em documentários? Talvez seja a chance de mergulhar em História, desvendar os clássicos da Literatura, expressar-se nas Artes Plásticas ou explorar os mistérios da Filosofia. Ou, quem sabe, realizar um antigo desejo de entender de Biologia, Direito ou Psicologia. Esta decisão é um presente para você. Escolher um curso que desperta sua paixão será o combustível que manterá sua motivação acesa durante toda a jornada.

2. Crie uma Rotina de Estudos Flexível e Saudável

A vida adulta traz consigo outras responsabilidades e um ritmo diferente. Tentar estudar como um adolescente, por horas a fio, é uma receita para o esgotamento. A chave aqui é consistência, e não intensidade. Crie um plano de estudos realista e flexível.

Defina blocos de estudo: Em vez de tentar estudar por quatro horas seguidas, divida seu tempo. Estude por 40 ou 50 minutos com foco total e, em seguida, faça uma pausa de 10 minutos. Levante-se, alongue o corpo, beba uma água. Essa técnica ajuda a manter a mente fresca e a absorver melhor o conteúdo.
Seja consistente: É mais eficaz estudar uma ou duas horas todos os dias do que oito horas apenas no sábado. A regularidade cria o hábito e fortalece o aprendizado.
Tenha um espaço seu: Organize um canto da casa para ser seu local de estudos. Uma mesa limpa, uma cadeira confortável e boa iluminação fazem toda a diferença. Isso sinaliza para o seu cérebro que é hora de se concentrar.
Seja gentil consigo mesmo: Haverá dias em que o cansaço ou outras obrigações impedirão o estudo. Não se culpe. Apenas retome seu plano no dia seguinte. O importante é não desistir.

3. Use a Tecnologia a seu Favor

A internet é um universo de conhecimento ao seu alcance, e grande parte dele é gratuita. Saber usar as ferramentas certas pode acelerar seu aprendizado.

Videoaulas: Plataformas de vídeo, como o YouTube, estão repletas de canais com professores excelentes que explicam desde a equação matemática mais complexa até os detalhes da Revolução Francesa. Muitas vezes, uma explicação visual e didática pode clarear um ponto que parecia impossível em um livro.
Aplicativos de Estudo: Use aplicativos de celular para criar cartões de memorização (flashcards) para decorar fórmulas ou vocabulário. Ferramentas de mapas mentais também são ótimas para organizar ideias e resumir capítulos inteiros de forma visual.
Podcasts Educacionais: Você pode aprender enquanto caminha, cuida do jardim ou organiza a casa. Existem podcasts sobre história, ciência, atualidades e literatura que transformam o tempo ocioso em tempo de aprendizado.

4. Cuide da Saúde Física e Emocional

Seu corpo e sua mente são seus maiores aliados nesta jornada. Ignorá-los é sabotar seu próprio sucesso. A preparação para o vestibular é uma maratona, não uma corrida de 100 metros.

Saúde Física: Priorize uma boa noite de sono. É durante o descanso que o cérebro consolida o que você aprendeu. Alimente-se bem e mantenha-se hidratado. Pratique atividades físicas leves, como caminhadas diárias, que melhoram a circulação e o humor. A postura também é fundamental. Longas horas sentado podem trazer desconforto; se sentir dor nas costas, existem formas simples de como aliviar o problema com alongamentos e pausas regulares.
Saúde Emocional: É normal sentir ansiedade e um pouco de pressão. Converse com sua família e amigos, compartilhe seus desafios e pequenas vitórias. Ter uma rede de apoio torna tudo mais leve. Reserve um tempo para seus hobbies e para o lazer. Ler um livro por prazer, encontrar os amigos ou assistir a um filme não é perda de tempo, é manutenção da sua saúde mental.

5. Encontre Material de Estudo Acessível ou Gratuito

Não é preciso gastar uma fortuna para ter um material de qualidade. Com um pouco de pesquisa, você encontra tudo o que precisa.

Sebos e Bibliotecas: Sebos são tesouros para encontrar apostilas e livros didáticos usados por uma fração do preço. As bibliotecas públicas municipais e estaduais também costumam ter seções dedicadas a materiais para vestibular.
Provas Anteriores: Este é o melhor material de estudo possível. Acesse o site da universidade onde você pretende prestar o vestibular e baixe as provas dos anos anteriores. Resolvê-las ajuda a entender o estilo das questões, o nível de dificuldade e a gerenciar melhor o tempo.
Recursos Online: Muitos cursinhos e plataformas educacionais disponibilizam materiais gratuitos, como apostilas antigas, listas de exercícios e aulas gravadas. Uma busca cuidadosa na internet pode render excelentes achados.

6. Simule o Grande Dia

A familiaridade com o formato da prova reduz drasticamente o nervosismo. Por isso, a simulação é uma etapa crucial da sua preparação.

Faça Simulados Completos: Pelo menos duas ou três vezes antes da prova, reserve um dia para fazer um simulado completo. Use uma prova anterior, cronometre o tempo exatamente como será no dia do vestibular, sente-se em um lugar silencioso e resolva todas as questões, incluindo a redação. Isso treina sua resistência física e mental.
Conheça a Logística: Verifique com antecedência o local exato da sua prova. Se possível, faça o trajeto uma vez para saber quanto tempo leva e qual o melhor caminho. No dia, você não terá essa preocupação.
Prepare seu Kit: Deixe separado na véspera tudo o que precisa levar: documento de identidade original com foto, caneta de material transparente (geralmente preta), garrafa de água transparente e um lanche leve, como uma barra de cereal ou uma fruta. Confira as regras no edital do vestibular.

7. Mantenha a Calma e Confie em Você

Todo o seu esforço culmina neste dia. Acreditar na sua preparação é o passo final para o sucesso.

Na Véspera: Relaxe. Não tente aprender conteúdo novo. Reveja apenas algumas anotações, se isso o deixar mais tranquilo. Faça uma atividade que você goste, jante algo leve e durma cedo. Confie no conhecimento que você construiu.
No Dia da Prova: Tome um bom café da manhã. Saia de casa com bastante antecedência para evitar qualquer estresse com o trânsito. Ao receber a prova, respire fundo. Leia todas as instruções com atenção. Se encontrar uma questão difícil, não entre em pânico. Pule para a próxima e volte nela depois. Gerencie seu tempo e, acima de tudo, lembre-se do seu sonho. Você se preparou para este momento. A prova é apenas mais um passo na sua incrível jornada de redescoberta.