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Mãos de uma senhora idosa guardando notas de Real brasileiro em uma carteira, simbolizando o recebimento do novo salário mínimo.

Novo Salário Mínimo Quando Cai na Conta? [Guia Completo]

Minha querida amiga, sei que todo começo de ano traz aquela dúvida no coração: o salário mínimo vai aumentar, mas quando esse dinheirinho a mais vai finalmente chegar na minha conta? A gente precisa se planejar para o mercado, para a farmácia, para as contas, e essa informação é muito importante. Fique tranquila, pois preparei este guia com muito carinho para você. Vou explicar tudo de um jeito simples, sem palavras difíceis, como se estivéssemos conversando na sala de casa com um cafezinho. Ao final desta leitura, você saberá exatamente o valor, a data e como se organizar para ter um ano mais seguro e sem surpresas. Vamos juntas desvendar esse mistério?

O Que Mudou? Entendendo o Novo Valor do Salário Mínimo

O Que Mudou? Entendendo o Novo Valor do Salário Mínimo

Vamos direto ao ponto que mais interessa: o valor da sua tranquilidade. A cada início de ano, uma das notícias mais aguardadas por aposentados e pensionistas do INSS é a definição do novo salário mínimo. Para 2025, vamos usar como exemplo um valor de R$ 1.502,00.

Lembre-se, este é um valor hipotético usado para ilustrar a mudança. O valor oficial será confirmado pelo governo no final de 2024 e pode ser um pouco diferente.

Essa notícia é muito importante para o seu orçamento. Um aumento no benefício significa mais fôlego para as contas do dia a dia. Ajuda a pagar o aluguel, as compras no supermercado e os remédios. É a garantia de que seu esforço de uma vida inteira continua a ser valorizado. Mas você já parou para pensar por que esse valor muda todos os anos?

A resposta é simples: é para proteger o seu dinheiro.

Pense na sua rotina. Você já deve ter percebido que, a cada ano, os preços no supermercado, na farmácia e nas contas de casa sobem um pouquinho. O pãozinho francês, o quilo do tomate, a conta de luz… tudo parece custar mais caro com o tempo. Esse fenômeno tem um nome: inflação. A inflação é como uma maré que sobe lentamente, diminuindo o poder de compra do seu dinheiro.

O aumento anual do salário mínimo não é um bônus ou um presente do governo. É um direito seu, conquistado e garantido por lei. O objetivo principal desse reajuste é justamente combater os efeitos da inflação. Ele serve para garantir que o seu “poder de compra” não diminua.

O que é poder de compra? É a sua capacidade de comprar as mesmas coisas com o seu dinheiro. Se a sua aposentadoria ficasse congelada, mas os preços continuassem subindo, a cada mês você conseguiria comprar menos itens com o mesmo valor. Seria como tentar encher um balde que tem um pequeno furo. Você continuaria colocando água (seu dinheiro), mas o nível nunca subiria. O reajuste anual serve para “tapar” esse furo e garantir que seu balde permaneça cheio.

O cálculo para esse aumento geralmente considera dois fatores importantes. O primeiro é a própria inflação do ano anterior, para que seu benefício recupere o valor perdido. O segundo é o crescimento da economia do país (o famoso PIB). Se a economia cresceu, uma parte desse crescimento é adicionada ao reajuste. É uma forma justa de garantir que os aposentados também participem do progresso do Brasil.

Agora, existe uma diferença muito importante na forma como esse reajuste é aplicado. Isso depende se você recebe um salário mínimo ou um valor acima dele. Vamos entender cada caso para não haver dúvidas.

Caso 1: Você recebe exatamente um salário mínimo

Se a sua aposentadoria ou pensão tem o valor exato de um salário mínimo, a notícia é muito simples e direta. Seu benefício será reajustado para o valor novo e cheio.

Por exemplo, se em 2024 o salário mínimo era de R$ 1.412,00, a partir de janeiro de 2025 (no nosso exemplo) você passará a receber os R$ 1.502,00. Sem complicação. O seu benefício acompanha automaticamente o novo piso nacional. Você sempre terá a segurança de receber o valor mínimo estabelecido para todo o país. É uma regra clara que traz muita segurança para o seu planejamento.

Caso 2: Você recebe acima de um salário mínimo

Agora, se a sua aposentadoria é acima de um salário mínimo, a regra do reajuste é um pouco diferente, mas o objetivo de justiça é o mesmo.

Neste caso, o seu benefício não é corrigido para o novo valor do salário mínimo. Em vez disso, o reajuste é calculado com base em um índice oficial chamado INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Pense no INPC como um “termômetro da inflação” que mede o aumento do custo de vida especificamente para as famílias que ganham até cinco salários mínimos. Ele acompanha a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços essenciais, como alimentação, moradia, saúde e transportes.

Então, o que o INSS faz? Ele pega o valor da sua aposentadoria atual e aplica sobre ele o percentual acumulado do INPC do ano anterior. Por exemplo, se o INPC acumulado em 2024 for de 6%, sua aposentadoria será reajustada em 6%. Se o seu benefício era de R$ 2.000,00, ele passaria a ser de R$ 2.120,00 (R$ 2.000,00 + 6%).

O objetivo aqui é o mesmo: garantir que o seu dinheiro não perca poder de compra para a inflação. A diferença é que a correção é feita pelo índice que reflete o aumento de preços para o seu padrão de renda, e não pelo percentual de aumento do salário mínimo, que às vezes inclui o crescimento da economia.

A Analogia do Bolo: Fatias Diferentes, Mas Justas

Para entender melhor essa diferença, vamos usar uma imagem simples. Imagine um grande bolo de aniversário que representa todo o dinheiro disponível para os reajustes dos benefícios. Este bolo é para celebrar e honrar o seu trabalho e sua contribuição.

  • Para quem recebe um salário mínimo: O governo corta uma fatia de tamanho padrão e garantido. Essa é a fatia do novo salário mínimo. Não importa o que aconteça, essa fatia terá sempre o mesmo tamanho (o valor do piso nacional), garantindo uma base segura para todos.
  • Para quem recebe acima do mínimo: Aqui, a sua fatia do bolo do ano passado é medida. Em seguida, o governo adiciona um “pedaço extra” a ela. O tamanho desse pedaço extra é calculado com base no termômetro da inflação, o INPC. Assim, sua fatia cresce na proporção exata para que ela continue tendo o mesmo valor real, ou seja, o mesmo poder de compra.

No final das contas, o objetivo é que todas as fatias sejam justas. Ninguém fica com uma fatia que “encolheu” em relação ao custo de vida. É a forma que a lei encontrou para garantir que o bolo continue alimentando a todos da mesma maneira, com dignidade e respeito.

É muito importante que você veja este aumento como uma conquista. É um direito seu, um reconhecimento por toda uma vida de dedicação. Saber como esse cálculo funciona coloca você no controle da sua vida financeira. Você passa a entender de onde vem o seu dinheiro e por que ele muda anualmente. Compreender o impacto que o aumento do salário mínimo tem no seu bolso é o primeiro passo para um planejamento financeiro sólido e sem preocupações.

Agora que você já entendeu o porquê e o quanto mudou no valor da sua aposentadoria, a próxima dúvida é a mais importante de todas: quando esse dinheiro extra realmente vai estar na sua conta?

No próximo capítulo, vamos responder a essa pergunta de ouro. Vamos detalhar o calendário de pagamentos do INSS para que você possa marcar na sua agenda o dia exato de receber seu benefício já com o novo valor.

A Pergunta de Ouro: Quando o Dinheiro do Novo Salário Mínimo Cai na Conta?

A Pergunta de Ouro Quando o Dinheiro do Novo Salário Mínimo Cai na Conta?

Depois de entender o novo valor, a pergunta mais importante surge naturalmente. É a dúvida que tira o sono e organiza o mês: afinal, quando exatamente o dinheiro do benefício com o reajuste vai cair na conta? Essa é, sem dúvida, a pergunta de ouro. E a resposta é mais simples do que parece, mas exige atenção a um detalhe crucial: a diferença entre o mês de referência e a data do pagamento.

Vamos esclarecer isso de uma vez por todas. O reajuste do salário mínimo vale a partir do primeiro dia de janeiro. Isso significa que o seu benefício referente ao mês de janeiro já terá o novo valor. Contudo, o pagamento deste benefício de janeiro não acontece no dia de janeiro. Ele é depositado na sua conta no final do mês de janeiro e no início do mês de fevereiro.

Pense como era no seu tempo de trabalho: você trabalhava durante todo o mês e recebia o seu salário no final daquele mês, ou talvez nos primeiros dias do mês seguinte, certo? A lógica do INSS é exatamente a mesma. O valor que entra na sua conta no final de janeiro é o pagamento pela competência de janeiro. Portanto, pode ficar tranquilo. O primeiro pagamento que você receberá no novo ano já virá com o aumento correspondente. Não há perda, apenas um calendário organizado para que tudo funcione bem.

Para garantir que milhões de aposentados e pensionistas recebam seus pagamentos de forma segura e sem tumulto nos bancos, o INSS criou um sistema de pagamento organizado. A data exata em que o seu dinheiro estará disponível depende de dois fatores: o valor que você recebe e o número final do seu benefício.

Pegue o seu cartão do benefício ou a sua carta de concessão. Você verá um número de dez dígitos, algo como: 123.456.789-0. Para saber a sua data de pagamento, você precisa olhar apenas para o penúltimo algarismo, aquele que vem logo antes do traço. No nosso exemplo, o número final é o 9. É esse número que define o seu lugar na fila de pagamentos. Agora, vamos ver as datas.

Calendário para Quem Recebe até 1 Salário Mínimo

Se o seu benefício tem o valor de até um salário mínimo, você faz parte do primeiro grupo a receber. Os pagamentos começam nos últimos cinco dias úteis do mês de referência (janeiro) e continuam nos cinco primeiros dias úteis do mês seguinte (fevereiro). Encontre o número final do seu benefício na tabela abaixo para descobrir sua data.

Tabela de Pagamento (Exemplo para Janeiro de 2025) – Benefícios de ATÉ 1 Salário Mínimo

| Final do Benefício | Data do Pagamento |
| :—: | :—: |
| 1 | 27 de janeiro |
| 2 | 28 de janeiro |
| 3 | 29 de janeiro |
| 4 | 30 de janeiro |
| 5 | 31 de janeiro |
| 6 | 03 de fevereiro |
| 7 | 04 de fevereiro |
| 8 | 05 de fevereiro |
| 9 | 06 de fevereiro |
| 0 | 07 de fevereiro |

Localizou seu número? Ótimo! Anote essa data. Ela é a sua referência para organizar as contas do mês. Saber o dia exato do pagamento traz uma paz de espírito imensa, permitindo que você planeje suas compras e pagamentos sem surpresas ou ansiedade.

Calendário para Quem Recebe Acima de 1 Salário Mínimo

Agora, se o seu benefício mensal é superior ao valor do salário mínimo, o seu calendário de pagamentos é um pouco diferente. Para este grupo, os depósitos começam no primeiro dia útil do mês seguinte ao da competência. Ou seja, o benefício de janeiro é pago nos primeiros dias de fevereiro. Outra diferença importante é que as datas agrupam dois finais de benefício por dia.

Tabela de Pagamento (Exemplo para Janeiro de 2025) – Benefícios ACIMA de 1 Salário Mínimo

| Final do Benefício | Data do Pagamento |
| :—: | :—: |
| 1 e 6 | 03 de fevereiro |
| 2 e 7 | 04 de fevereiro |
| 3 e 8 | 05 de fevereiro |
| 4 e 9 | 06 de fevereiro |
| 5 e 0 | 07 de fevereiro |

Perceba como a organização funciona. Se o número final do seu benefício for 3 ou 8, por exemplo, o pagamento será feito no mesmo dia. Essa organização ajuda a distribuir o fluxo de pagamentos ao longo da primeira semana do mês. O valor que você receberá nessas datas já incluirá o reajuste, calculado com base no índice INPC, como veremos em detalhes a seguir.

Este calendário anual é a sua principal ferramenta de planejamento financeiro. Para ter sempre em mãos e consultar outros detalhes importantes, acesse nosso guia completo sobre o pagamento do INSS para aposentados. Guardar essa informação é garantir controle sobre suas finanças.

Com essas tabelas, a principal dúvida está resolvida. Você já sabe encontrar seu número e localizar a data exata do crédito. Não há mais espaço para incertezas. Você está no comando, com a informação necessária para se programar com total tranquilidade.

Agora que você já sabe quando o dinheiro reajustado chega, o próximo passo é entender quanto exatamente vai mudar no seu extrato. No próximo capítulo, vamos mergulhar nos números e mostrar como o reajuste afeta sua aposentadoria na prática, com exemplos claros para quem recebe o piso e para quem recebe acima dele.

Como o Reajuste Afeta Sua Aposentadoria na Prática

Como o Reajuste Afeta Sua Aposentadoria na Prática

Agora que você já sabe quando o dinheiro com o novo valor chega, a pergunta seguinte é: quanto exatamente você vai receber? O reajuste do INSS não é igual para todos. O cálculo muda dependendo se o seu benefício corresponde ao piso nacional ou se é um valor maior.

Entender essa diferença é fundamental para organizar seu orçamento sem surpresas. Vamos detalhar cada caso para que não reste nenhuma dúvida. Assim, você saberá exatamente o que esperar no seu próximo extrato bancário.

Para quem recebe um salário mínimo

Se a sua aposentadoria, pensão ou auxílio tem como base o salário mínimo, a notícia é direta e muito positiva. O seu benefício será atualizado para o valor integral do novo piso nacional. A conta aqui é a mais simples de todas: o valor antigo é substituído pelo novo.

Por exemplo, se o salário mínimo anterior era de R$ 1.412 e o novo valor anunciado pelo governo for de R$ 1.502, seu benefício bruto passará a ser exatamente R$ 1.502. Não há percentuais complicados ou cálculos adicionais para fazer. O valor que você ouve no noticiário como o novo salário mínimo nacional é a sua nova referência.

É importante lembrar que este é o valor bruto do benefício. Descontos que já acontecem normalmente continuarão sendo aplicados. Isso inclui, por exemplo, parcelas de empréstimos consignados ou o desconto do Imposto de Renda, caso você esteja na faixa de contribuição. O que muda é a base de cálculo, que agora é maior, garantindo um aumento real no dinheiro que entra na sua conta.

A grande vantagem para quem recebe o piso é a clareza. Não há margem para dúvidas. O valor anunciado é o valor que servirá de base para o seu pagamento a partir de janeiro, depositado no final do mês, como vimos no capítulo anterior. Essa certeza é o primeiro passo para um planejamento financeiro seguro e tranquilo.

Para quem ganha acima do piso do INSS

Se o seu benefício mensal é superior a um salário mínimo, a regra do reajuste é diferente e merece uma explicação cuidadosa. O seu aumento não seguirá o mesmo percentual do salário mínimo. Em vez disso, ele é corrigido por um índice chamado INPC, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Pense no INPC como um termômetro. Mas, em vez de medir a febre do nosso corpo, ele mede a “febre dos preços” na economia. O INPC é calculado todos os meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mede a variação do custo de vida para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Ele acompanha o preço de um conjunto de produtos e serviços essenciais, como:

  • Alimentação (arroz, feijão, carne, legumes)
  • Habitação (aluguel, conta de luz, água)
  • Transporte (passagem de ônibus, combustível)
  • Saúde (remédios, consultas)
  • Vestuário e despesas pessoais

O governo utiliza o valor acumulado do INPC ao longo do ano anterior para definir o percentual de reajuste dos benefícios do INSS acima do piso. O objetivo é garantir que sua aposentadoria não perca poder de compra. Ou seja, o reajuste visa compensar a inflação, permitindo que você continue comprando as mesmas coisas que comprava no ano anterior.

Como o cálculo funciona na prática?

Vamos a um exemplo numérico para deixar tudo mais claro. O percentual exato do INPC muda todo ano e só é divulgado oficialmente em janeiro. Para nosso exemplo, vamos usar um valor hipotético.

  • Imagine que seu benefício em dezembro era de R$ 2.500,00.
  • Agora, suponha que o INPC acumulado do ano anterior foi de 3,71% (este foi o índice oficial usado para o reajuste de 2024).

O cálculo é uma porcentagem simples aplicada sobre o valor do seu benefício:

  1. Cálculo do Aumento: R$ 2.500,00 x 3,71% = R$ 92,75
  2. Novo Valor do Benefício: R$ 2.500,00 + R$ 92,75 = R$ 2.592,75

Portanto, seu novo benefício bruto passaria a ser de R$ 2.592,75. Este é o valor que você usará como base para seu orçamento. Para ter certeza do valor exato e personalizado para você, é sempre bom verificar diretamente nos canais oficiais. Nós preparamos um passo a passo que pode ajudar, veja aqui como consultar os valores a receber do INSS de forma segura.

E o BPC/LOAS e outros benefícios?

Outra dúvida muito comum é sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS. Este benefício é destinado a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem não possuir meios de se sustentar.

A resposta aqui é muito clara: sim, o BPC/LOAS é reajustado anualmente.

Por lei, o valor do BPC é sempre igual a um salário mínimo vigente. Ele não entra na regra do INPC. Portanto, os beneficiários do BPC recebem o mesmo reajuste integral aplicado ao piso nacional. Se o novo salário mínimo for de R$ 1.502, o valor do BPC também será de R$ 1.502.

Essa regra traz segurança e previsibilidade para milhões de brasileiros que dependem desse amparo. Assim como nas aposentadorias de valor mínimo, o novo valor é aplicado de forma automática a partir da folha de pagamento de janeiro.

O mesmo princípio vale para outros benefícios que são atrelados ao piso, como algumas pensões por morte ou auxílios que foram concedidos com base no salário mínimo. Se o seu benefício está legalmente vinculado ao piso nacional, ele subirá junto com ele.

Com o novo valor em mente, você pode começar a organizar suas finanças. Saber exatamente quanto vai entrar na conta é o primeiro passo para um planejamento tranquilo. No próximo capítulo, vamos dar dicas práticas para você usar esse dinheiro com sabedoria, cuidar do seu bolso e, mais importante, da sua segurança.

4 Dicas para Usar o Dinheiro Extra com Sabedoria e Segurança

4 Dicas para Usar o Dinheiro Extra com Sabedoria e Segurança

Agora que você sabe exatamente o valor que irá receber, o próximo passo é dar a esse dinheiro o destino certo. Mesmo um aumento que parece pequeno pode trazer um grande alívio e mais tranquilidade para o seu dia a dia, desde que seja usado com planejamento. Organizar seu orçamento não é complicado e te coloca no comando da sua vida financeira. Aqui estão quatro dicas práticas para você usar seu benefício reajustado com sabedoria e, acima de tudo, com segurança.

  1. Faça uma lista de prioridades para ter clareza total
    O primeiro passo para a paz de espírito financeira é saber exatamente para onde seu dinheiro vai. Pegue um caderno simples e uma caneta. Este ato de colocar as finanças no papel é poderoso e te dá uma visão clara da sua realidade. Comece dividindo suas despesas em categorias. A primeira, e mais importante, é a das contas essenciais e fixas. Anote o valor do aluguel, da conta de luz, da água e do gás. Esses são os compromissos que garantem seu lar e bem-estar básico, por isso, devem vir no topo da lista. Em seguida, crie uma seção para a saúde. Liste todos os remédios de uso contínuo que precisa comprar no mês. Se tiver alguma consulta ou exame já agendado, inclua também o custo do transporte ou do procedimento. Sua saúde é um pilar fundamental e não pode ser deixada para depois. Por último, planeje seus gastos com alimentação. Estipule o valor que você pretende usar no supermercado e na feira. Este é um gasto essencial, mas que, com planejamento, pode ser otimizado. Na hora de organizar as compras do mês, saber como economizar pode fazer uma grande diferença no orçamento. Existem estratégias práticas para montar uma cesta básica mais econômica sem abrir mão de alimentos importantes, o que pode liberar um dinheirinho extra para outras necessidades. Ao fazer essa lista, você transforma a ansiedade sobre o dinheiro em uma sensação de controle. Você passa a ser a gestora do seu orçamento.

  2. Use o dinheiro extra como um investimento na sua saúde
    Depois de organizar as contas essenciais, você talvez perceba que sobrou um pequeno valor do reajuste. É tentador ver esse dinheiro como um simples “troco”, mas ele pode ser muito mais. Pense nele como uma ferramenta poderosa para investir no seu bem mais precioso: a sua saúde. Usar essa pequena folga no orçamento para cuidar de si mesma é uma das decisões mais inteligentes que você pode tomar. Pense naquela consulta que foi adiada por falta de dinheiro. Talvez seja a visita ao dentista para resolver um dente que incomoda ou ao oftalmologista para finalmente trocar os óculos que já não estão ajudando. Esse valor extra pode ser o empurrão que faltava para marcar esses compromissos. Lembre-se que cuidar de um problema de saúde pequeno agora evita que ele se torne grande, doloroso e muito mais caro no futuro. Investir em saúde também é investir em prevenção. Que tal usar parte do dinheiro para comprar alimentos mais nutritivos que antes pareciam caros? Ou para adquirir as vitaminas que seu médico recomendou? Cuidar do corpo e da mente é fundamental, e até mesmo um bom descanso é parte disso. Trate esse dinheiro não como uma sobra, mas como um fundo dedicado ao seu bem-estar. É um investimento direto na sua qualidade de vida, independência e felicidade.

  3. Crie uma pequena reserva de emergência, mesmo que seja com moedas
    A palavra “guardar” pode assustar quem vive com um orçamento apertado. A sensação de que não sobra nada é real para muitas pessoas. No entanto, criar uma reserva de emergência não significa poupar grandes quantias. Significa construir um pequeno colchão de segurança para imprevistos, e a boa notícia é que guardar o troco do pão já ajuda. O principal objetivo dessa reserva não é enriquecer, mas sim ter tranquilidade. Imagine que o botijão de gás acaba antes do esperado ou que o chuveiro queima no meio do inverno. Ou, pior, que você precisa comprar um antibiótico caro que não estava nos planos. Ter uma pequena quantia guardada para essas situações impede que um pequeno problema se transforme em uma grande dor de cabeça ou, até mesmo, em uma nova dívida. Comece com um gesto simples. Pegue um pote ou um cofrinho e dê um nome a ele, como “Caixinha da Tranquilidade”. Toda vez que receber moedas de troco, guarde-as ali. Se ao final da semana sobrarem R$ 10 ou R$ 20, coloque-os no pote. O mais importante no início não é o valor, mas sim o hábito de guardar. Aos poucos, você verá que o montante cresce. Quando um imprevisto acontecer, você não precisará se desesperar. Você terá seus próprios recursos para resolver a situação, o que traz uma sensação de segurança e autossuficiência que não tem preço.

  4. Aviso CRÍTICO: proteja seu benefício contra golpes
    Esta última dica é, talvez, a mais importante de todas. Ela é um alerta para proteger não apenas o seu reajuste, mas todo o seu benefício conquistado com tanto esforço. Sempre que há notícias sobre aumento de salário ou liberação de dinheiro, criminosos se aproveitam para aplicar golpes, especialmente em aposentados e pensionistas. Eles são convincentes e usam a notícia do seu dinheiro extra como isca. A sua melhor defesa é a informação. O golpe mais comum acontece por telefone ou mensagem de WhatsApp. Uma pessoa se apresenta como funcionário do INSS ou de um banco, usando uma linguagem formal e séria. Ela diz que você tem um valor “extra” ou “atrasado” para receber e, para isso, precisa “confirmar” alguns dados. É aí que mora o perigo: eles pedem seu CPF, número do benefício e, o mais grave, A SUA SENHA do banco ou do portal Meu INSS. Guarde esta informação com muita atenção: O INSS NUNCA LIGA OU MANDA MENSAGEM PARA PEDIR SEUS DADOS PESSOAIS OU SUA SENHA. Eles também NÃO ENVIAM LINKS pedindo para você clicar e atualizar seu cadastro. Isso é GOLPE. Sua reação precisa ser rápida e firme. Se receber uma ligação assim, não se preocupe em ser educada. Sua segurança vem em primeiro lugar. DESLIGUE IMEDIATAMENTE. Não forneça nenhuma informação, não confirme nem seu nome. Apenas desligue. Se a mensagem vier por WhatsApp ou SMS, a regra é clara: NÃO CLIQUE EM NENHUM LINK. Apague a conversa e bloqueie o número. Lembre-se sempre: você está no controle das suas informações. Ser vigilante é a melhor forma de proteger o dinheiro que garante o seu sustento.